A caminho da transformação do mundo

Pense em qualquer tecnologia atual como os smartphones, tablets ou TVs 4K. Há alguns anos, essas eram consideradas tecnologias de luxo e não interferiam nos processos diários de produção ou comércio. Hoje, tais recursos estão acessíveis, baratos e promoveram um fenômeno na vida de todos nós.

Pode parecer meio exagerado, mas o fato de você viver nesse mundo já o coloca dentro desta história, sendo da área da comunicação ou não, mas se está planejando, fazendo gestão de comunicação, apontando caminhos para o futuro, mapeando possibilidades, fazendo diagnósticos para sugerir investimentos na usa organização, então isso te interessa sim.

O que chama a atenção é que continuamos ignorado muitas revoluções que já aconteceram e, principalmente, as que se avizinham. Se dimensionarmos, podemos dizer que metade de tudo que conhecemos estará transformado em, no máximo, uma década. Estou escrevendo isso em 2019.

Os protagonistas principais são os motores a combustão e as impressoras 3D. Pode parecer exagero, mas considere o simples fato de o transporte deixar de utilizar o combustível fóssil. É o fim de todo um complexo mundo financeiro, de logística e de produção. Tudo bem que a matéria-prima continuará sendo útil, mas, com toda certeza, não na proporção e no modelo que opera hoje.

Quantos segmentos estão ligados diretamente a esse comércio? Dezenas, contando apenas aqueles que conhecemos no ambiente urbano. E as impressoras 3D, que nasceram tímidas e foram utilizadas em protótipos e brinquedos? Hoje, já existem estudos até para a produção de formas orgânicas.

Se nos ativermos apenas às possibilidades simples, como a impressão de uma peça plástica de pequeno porte, no acabamento ou na mecânica de um veículo, por exemplo, já podemos dizer que cerca 25% das peças de reposição de um carro poderiam ser produzidas na hora, em uma concessionária, em qualquer parte do país.

Ao invés de transportar a peça na forma física de uma base para outra, esse processo poderá ser realizado de forma virtual e entregue no balcão da concessionária. É um exemplo hipotético, mas pode representar um futuro próximo, considerando a evolução desses equipamentos, que já estão sendo testados até na construção civil.

A movimentação dos estudos em direção à produção de materiais industriais mais complexos, como o titânio, amplia ainda mais as possiblidades das impressões em 3D, e isso é só o começo. Passamos pelo processo do artesanal ao industrial, com linhas de montagem. Agora, estamos chegando ao momento da personalização industrial, com tecnologias fáceis de serem utilizadas e que, assim como os smartphones, evoluíram para a complexidade e para a simplicidade, ao mesmo tempo.

Boa parte das novas tecnologias ocuparam novo espaço e convivem bem com as anteriores, porém destaco que, quando se trata de economia de dinheiro ou eficiência no entregar, a novidade vai prevalecer, portanto fica um alerta para quem busca empreender na direção oposta a estas perspectivas.

Deixa um comentário sobre o assunto.