Alcinópolis-MS é um excelente destino de passeio para amantes de trilhas, natureza e curiosidades

Barro Branco, Pitoco, Gruta da Mesa, Templo dos Pilares, Gruta Bonita e Trilha do Pôr do Sol são apenas alguns dos vários passeios que você pode fazer em um dia em Alcinópolis, interior de Mato Grosso do Sul. Se tiver mais tempo, as opções não faltarão, incluindo cachoeiras. Isso responde bem a pergunta: o que fazer em Mato Grosso do Sul nos feriados prolongados.

Em Alcinópolis as reservas proporcionam uma viagem no tempo e na beleza natural, que resulta, além de um bom exercício físico pelas trilhas subindo e descendo, conhecimento e fotos incríveis de momentos únicos.

Localizada ao norte de MS, na região do Alto Taquari, a pequena cidade de Alcinópolis está a 303 quilômetros da Capital, Campo Grande-MS. Com 6.121 hectares de preservação, a fauna local é rica, permitindo aos visitantes observarem a vida selvagem e desfrutarem do ambiente. No Monumento Natural Municipal Serra do Bom Jardim, além do Parque Natural Municipal Templo dos Pilares, os visitantes encontram atrativos que tornam o passeio inesquecível.

Realizamos um passeio de um dia. Iniciamos às 8 horas e encerramos por volta das 18 horas. Contratamos os serviços de condução de turistas com Lázara Pereira Fontoura (67 984154677), que nos levou entusiasmadamente de um lugar para outro e parou diante das centenas de imagens primordiais, estudadas por antropólogos que estudam a região.

A chegada ao Sítio Arqueológico Gruta do Barro Branco é uma aventura a 10 quilômetros da cidade. Para chegar mais próximo da trilha um veículo 4×4 é mais apropriado, mas caso não seja possível, basta uma caminhada de cerca de mil metros, morro acima, para superar a dificuldade. O local possui diversas cavernas com inscrições rupestres que variam de dois a 12 mil anos.

Após explorar as cavernas, a trilha leva até o topo do morro, proporcionando uma vista panorâmica deslumbrante. As fotos ficam incríveis. A paisagem natural é repleta de plantas diversas e as formações rochosas apresentam curiosas formas, como a Mão de Deus, por exemplo. A área é particular, mas os guias estão autorizados a levar turistas.

Partimos dali em direção à Gruta do Pitoco. Neste dia, algo curioso chamou minha atenção: o ambiente estava completamente silencioso, fenômeno mantido durante todo o dia. Destaco isso pois, ao adentrarmos a Gruta do Pitoco, fomos recebidos por um casal de araras que rompeu o silêncio para anunciar nossa presença de forma estridente.

Essa localidade conta com acesso por escadas de madeira e corrimão, sugerido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e é conhecida por suas misteriosas passagens subterrâneas que levam a diversas pinturas rupestres de diferentes épocas.

Voltamos e após um almoço rápido na cidade, seguimos para o Parque Natural Municipal Templo dos Pilares, um Sítio Arqueológico imponente e marcante da região, repleto de inúmeras inscrições rupestres em pintura e baixo-relevo. O local fica a 40 quilômetros da cidade. Os pilares sustentam um teto imenso e chama atenção pela grandiosidade.

Em seguida, visitamos a Gruta da Mesa, onde arqueólogos da Universidade Federal de Rio Grande do Sul (UFRS) realizam estudos para determinar informações sobre os habitantes anteriores da gruta, bem como características ambientais e paisagísticas de suas vivências.

Após mais um trecho de trilha, chegamos à Gruta Bonita, momento especial para fotografias, com direito a luz natural descendo do teto da gruta em ângulos peculiares. Partimos então para o último ponto do dia. No final da Trilha do Pôr do Sol, uma formação rochosa se estende sobre o vale e o sol gradualmente se põe no horizonte, transformando as cores do céu em um espetáculo visual único.

O momento é de contemplação e fotografias. Em todas as direções, há algo para registrar ou simplesmente apreciar. Antes do escurecer total, retornamos pela trilha de aproximadamente 600 metros, agora com descida. Missão cumprida. Partimos de carro de volta à cidade e, no dia seguinte, regressamos para casa, curiosos sobre os locais não visitados e plenos de questionamentos sobre tudo que conhecemos.