Autoestima sem filtros

“Não existe felicidade quando a comparação ocupa sua mente”, diz psicóloga


Como lidar com a autoestima na era digital? Fora das redes sociais, está tudo bem? Ao abrir o feed de qualquer rede social é muito comum nos depararmos com pessoas bem sucedidas que aparentam ter a vida perfeita. 

Quando apenas o belo, o positivo e o inspirador são divulgados, pode parecer que a vida da pessoa é livre de dificuldades. Surgem então as comparações com outras pessoas e com padrões de beleza socialmente impostos, mas isso pode ter um impacto na autoimagem, prejudicando a saúde física e mental.


A autoestima é essencial para nós, por isso a psicóloga Fabíola Rottili Brandão conversou com a Unimed Campo Grande e esclareceu informações essenciais.  

Preocupante

O uso excessivo das redes sociais é uma preocupação para os profissionais que cuidam da saúde mental, pois, como qualquer coisa na vida, é necessário um limite, sem contar que há também o lado positivo e o negativo.

As redes sociais se tornaram uma forma de expressão social, onde há a interação com outras pessoas, além de questões profissionais. Os profissionais da saúde mental trabalham para que tudo seja utilizado de forma saudável.

Recorte

Nessa mesma linha de que há um trabalho para que as pessoas usem as redes sócias de forma saudável, algo que precisa ser considerado, e analisado, é que tudo o que se vê em uma rede social é apenas um recorte da vida da pessoa, apenas uma faceta.

Mulheres

Essas questões afetam principalmente mulheres, e as jovens, que precisam de um olhar mais atento.

Imagem idealizada

É necessário ter um filtro interno para considerar que aquilo que você vê nas redes sociais é apenas um ponto virtual, e não a realidade. Caso contrário, surgem as comparações, e isso afeta nossa autoestima, porque a autocrítica fica elevada e você começa a elevar padrões inatingíveis.

Outro ponto a ser considerado é que a pessoa que mostra a vida nas redes sócias, dificilmente vai mostrar as dificuldades da vida.

Sabotagem

Quando amamos a vida do outro e idealizamos aquela rotina, esse tempo está sendo gasto com a vida do outro e não com sua própria vida. A consequência, claro, é uma baixa autoestima.

Metaverso

Também merece atenção. Os profissionais da saúde mental estão preocupados em relação aos transtornos mentais que o metaverso pode ocasionar. Muitos estudos foram publicados e está comprovado que o uso de redes sociais vai interferir na saúde mental do indivíduo, então a recomendação é: limite, moderação e consciência.

Autoestima desde a infância

A autoestima é construída a partir das nossas primeiras experiências da infância, relacionada com os pais, cuidadores e o meio social. Cuidar para que a autoestima das crianças e adolescentes seja estimulada de forma saudável é essencial e pode ser feita de forma simples no dia a dia.


Quando adulto, é necessário ter o entendimento que a partir dessa fase da vida quem tem a responsabilidade disso somos nós mesmos.

Os quatro pilares

Na autoestima existe quatro pilares que são importantes serem seguidos e incluídos no dia a dia:

– Autoconceito: é preciso diariamente analisar o que você pensa sobre si mesmo

– Autoimagem: cuidado pessoal, mas não como estereótipo de beleza, e sim um tempo só para você, cuidando da saúde física e mental

– Autorreforço: é quando você mesmo se motiva, se encoraja, sem esperar que isso venha de fora

– Autoeficácia: acreditar que você pode alcançar seus objetivos

Quando buscar ajuda?

O primeiro passo é analisar o grau de prejuízo. Quando for percebido que as redes sociais estão prejudicando as relações sociais, trabalho, vida pessoal, que constantemente está sendo feita comparações, mudanças de humor acentuadas, é um sinal de alerta.

Respeite sua história

Não existe felicidade quando a comparação ocupa sua mente, substitua a comparação por inspiração. Uma vida inspiradora é bem melhor do que viver se comparando. Então:

– Se priorize

– Faça reflexões sobre sua rotina

– Acredite que você pode mudar e se reinventar

– Respeite sua história

Fonte: Comunicação Unimed Campo Grande

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