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A melhor maneira de viver é desfrutar o agora

Das muitas coisas que a pandemia me ensinou, destaco a nova forma de encarar a vida. Agora todos os dias acordo observando se não estou com nenhum sintoma da Covid-19. Talvez isso seja uma paranoia, mas, de fato é o aconteceu comigo.

Isso me levou, automaticamente a valorizar mais o dia a dia e deixar de pensar no que já se foi e também diminui significativamente a ansiedade pelo futuro. Concluí que a melhor maneira de viver é desfrutar o agora.

Estar mais próximo do presente e praticar isso num espectro mais amplo em tudo que se faz, traz benefícios. Na realidade nos impactamos com a pandemia, mas de fato nunca saberemos quando será o último dia de nossas vidas e assim, acomodando essa perspectiva de vida mais perto do nosso tempo real, podemos, com toda certeza, sentir mais a vida passando por nossas veias.

Lógico que não há como viver sem o que aprendemos com o passado e nem há como planejar sem pensar no futuro. O que quero dizer é que não deixo mais as distâncias temporais tomarem conta de mim, de minhas vontades e do meu dia a dia.

Diferente das outras espécies animais do planeta, a nossa mente foi programada evolutivamente e, assim, vivemos um dilema entre o passado, o presente e o futuro. Porém, isso precisa ser suave.

Com a vida moderna e hiperativa, a ansiedade e o estresse ultrapassaram o limite da saudabilidade. O que resulta em noites sem sono, desencadeia doenças silenciosas e acaba matando nosso futuro, afinal, sem saúde, o futuro está comprometido. Rotinas estressantes, tecnologias sem fim, planos que ficam para semana que vem, para o mês que vem, ano que vem, para quando aposentar.

Sim, todos temos projeções assim. Como também temos os medos, porque no passado não deu certo. Assim, sempre que temos um desejo, nos sabotamos ou nos desculpamos. Não fazemos por não ter dado certo em outro momento ou deixamos para um plano distante, quando na verdade, deveríamos viver isso imediatamente, independente de qualquer passado ou possibilidade futura.

Hoje fazemos poucas coisas de fato. Estamos sempre com um celular por perto e perdemos o time do momento, vendo o passado de outros ou sonhando em fazer algo que vemos, enquanto a vida está passando aqui.

Assim também nossos grandes sonhos e desejos são lançados para o fim da vida, como se não pudéssemos fazer nada agora, somente depois de aposentar. Recentemente li o livro de Timothy Ferriss, Trabalhe 4 Horas por Semana, e ele lembra que o ideal é viver pequenas aposentadorias ao longo da vida. De fato, tirar pequenos períodos de férias para fazer de fato aquilo que até agora você só projetava para depois.


Diante de tudo isso posso dizer que estou mudando algumas posturas pessoais e passei a me dedicar mais ao presente. Já percebi claramente que no momento presente não existe medo, ansiedade ou estresse. Esses problemas acontecem dentro das nossas projeções mentais. Então, para anular esses efeitos nocivos, a melhor maneira de viver é desfrutar o agora. Exercite isso e verá os resultados imediatamente.